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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Por que as Faixas de Pedestres não são respeitadas?


Bem em nosso País existe uma cultura de desrespeito às normas e leis estabelecidas que advém a meu ver do exemplo dado pelos que nos governaram ao longo da história da república, os quais criaram leis somente para que o povo seguisse, sendo que estes permaneceram praticamente imunes às mesmas no que tange a aplicação destas em praticamente todos os casos pensáveis e possíveis. Nosso sistema de controle de trafego de veículos automotores apesar de leis até bem feitas e que em tese deveriam funcionar, não funcionam devido à corrupção e à utilização de leis que c riam dificuldades para vender facilidades. Nunca tivemos em execução um plano de educação de nossas crianças nas escolas publicas e particulares para que no futuro se tornem cidadãos responsáveis e respeitadores das leis, e não tão somente as de trânsito. Muito bem no código nacional de trânsito a faixa de pedestre tem por objetivo facilitar a travessia da via pública pelo cidadão. A faixa de pedestres é composta de duas partes distintas.
São elas: Faixa de retenção (linha continua de cor branca) e Área zebrada (linhas verticais também de cor branca no sentido da pista de rolamento) sendo a primeira destinada a delimitar o ponto antes do qual o motorista é obrigado a parar o veículo ao sinal de vermelho do semáforo, ou ao sinal de pare do agente de trânsito. A chamada área zebrada é destinada à travessia do pedestre. Por princípio, o motorista ao parar o veículo após a faixa de retenção já está sujeito a penalidade para tal prevista no código nacional de trânsito, que é multa de 80 ufirs, e 4 pontos na carteira de motorista infrator. Nos locais onde não há semáforo, ou seja, em cruzamentos ou mesmo em travessias localizadas fora de cruzamentos, por Lei o pedestre tem preferência de passagem sobre o condutor de veículos, seje ele qual for.
Muito bem existe ainda um total desrespeito por parte de motorista e também se diga do pedestre no que se refere à finalidade da faixa de pedestre, já que motorista também é pedestre, e pedestre nem sempre é motorista. Existe aí se formos efetuar uma análise comportamental, um tremendo disparate, já que o motorista por mais engraçado que seje não acha graça nenhuma quando na condição de pedestre se vê desrespeitado por outrem no volante de um veículo qualquer, mas quando no volante não dá a mínima para o direito do outro.
Mas afinal por que não respeitamos a faixa de pedestres? Bem precisamos analisar isto do ponto de vista biológico a meu ver. Somos um animal dotado de inteligência e capacidade de raciocínio próprio, logo criamos leis e normas de convivência em sociedade, mas somos ao mesmo tempo avessos a condicionamentos de qualquer natureza, já que cada um de nós por natureza se considera um ser pensante livre por princípio e autônomo em suas decisões, basta ver nosso comportamento ancestral ao estudarmos o comportamento indígena, não existe muito controle em uma tribo de índios, não existem muitas regras a seguir, e a sociedade humana comunitária moderna que vive em metrópoles foi obrigada foi obrigada através de seus dirigentes e membros, a criar inúmeras regras de convivência com as quais jamais convivemos em 99,99% do tempo de desenvolvimento de nossa espécie. Logo regras sociais no volume das existentes atualmente a serem seguidas em nossa sociedade são coisa nova em nosso consciente, e acredito portanto que precisaríamos para obter resultados rápidos de aceitação às mesmas, de que passássemos a ensiná-las a nossas crianças, pois se trata de condicionamento. Assim sendo como se trata de condicionamento, é necessário que estas sejam estabelecidas de forma a que possam ser eficientes e de preferência imutáveis por longos períodos de tempo, já que mudanças de comportamento por condicionamento não são fáceis de se conseguir de uma hora para outra e principalmente de se transferir de geração a geração. Temos também outro paradigma a resolver em nossa sociedade - a brasileira no caso - que é o paradigma da corrupção ou do jeitinho brasileiro no jargão popular, ou seja, aqueles que gozam de maior poder aquisitivo não se importam em respeitar normas como é o caso da faixa de pedestres porque sabem que se multados conseguirão quebrar o galho e gastando algum, até mesmo deixar de pagar as multas correspondentes, e os de menor geralmente andam e veículos totalmente já irregulares por natureza e, portanto, não estão nem aí para coisa nenhuma como se costuma dizer.
Assim a meu ver temos o motivo educacional que é o motivo condicionador às regras de convivência social, e que deve ser feito com extrema ética e critério para que não se torne rejeitado futuramente pelo indivíduo. Todo indivíduo tende a um dado momento a fazer julgamento próprio do ensinamento recebido, portanto o condicionamento deve ser feito de forma convincente no intuito de entender que a regra ora lhe ensinada e que deverá ser seguida é vantajosa a si e a coletividade em que vive como um todo. E temos também como já dito o motivo gerado pela impunidade bancada pelo sistema fiscalizador do próprio Estado que em primeira instância é o agente regulador através dos representantes nomeados por seu povo, no caso o brasileiro.
Solução? Existe é claro. Fácil? Bem aí é outra história, já que aquele cidadão que respeita normas de convivência acaba se achando um idiota já que vê a impunidade campear solta por suas plagas.
Bem quero aqui fazer justiça àqueles meus compatriotas que apesar de tudo insistem no respeito às regras de convivência estabelecidas esperando que a verdade e a sensatez finalmente triunfem.
E aproveito aqui para parabenizar a todas as iniciativas de sucesso tomadas por alguns de nossos compatriotas em suas cidades com a finalidade de conscientizar seus iguais de que o respeito às regras de boa fé e procedentes, é importante e benéfico para todos.

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