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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cuidando dos Pneus


Se os pneus do seu antigo estão com 8 anos de idade e a utilização é na cidade, com velocidades baixas, a troca ainda não seria recomendada. O prazo de validade deles varia entre 5 e 10 anos. Vejamos o que diz a Pirelli:


O gerente de produto carro da Pirelli, Fábio Lopes, orienta que após um período de uso dos pneus, que varia entre cinco e dez anos, ocorre um processo de degradação e pode representar riscos para os ocupantes do veículo. "Após esse período não é recomendada a utilização, pois ocorre o ressecamento da borracha, com perda da flexibilidade, micro-rachaduras e tendência a estouro", afirma.
Um fato muito comum em pneus montados em carros antigos é quando o pneu apresenta rachaduras, sendo um sinal do processo de envelhecimento adiantado, segundo o gerente de marketing de produtos para pneus de passeio e caminhonetes da Michelin do Brasil, Flávio Santana. "Após dez anos não recomendamos mais a utilização do pneu, independentemente do estado que se apresente".
A data de fabricação do pneu está marcada em sua lateral, tecnicamente conhecida como flanco, normalmente após a inicial DOT. Seguido dessas três letras vêm quatro números. Os dois primeiros representam a semana e os últimos, o ano da fabricação. Assim, o pneu com o código DOT 0108 foi fabricado na primeira semana de 2008. Outra dica é sempre usar pneus de acordo com as dimensões recomendadas pelo fabricante. Para identificar as medidas é necessário olhar o flanco, que consta dois números separados por uma barra que indicam a largura e altura. Uma letra é o tipo, e o número seguinte trata-se do aro da roda. Desta maneira, um pneu 175/50 R13 tem 175 mm de largura, 50 mm de altura é radial e montado em rodas de aro 13. Quando a letra for D, ele é diagonal.
Outra marca que deve ser verificada fica na banda de rodagem e aponta o desgaste. Segundo nossa legislação a profundidade da área que fica em contato com o solo não pode ser inferior a 1,6 mm e quem trafegar com o pneu careca corre o risco de ter o carro apreendido. "O uso do pneu abaixo do limite de segurança não implica em riscos apenas em pista molhada. O aumento da propensão de derrapagens laterais e do espaço necessário para a frenagem ocorre mesmo em pista seca", afirma o presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), Eugenio Deliberato.
Segundo a Pirelli, os pneus devem ser calibrados semanalmente, pois quando a pressão fica abaixo do indicado, o consumo de combustível é maior e a carcaça e recapagens podem ser danificadas. Por outro lado, com a alta pressão, aumenta a quebra das carcaças causadas pelo impacto. Além disso, alinhamento e balanceamento é recomendado a cada 10 mil km ou após a ocorrência de vibrações e troca do pneu.


E agora o que diz o site GP Pneus, um revendedor Continental:
Não há uma norma única para validade de pneus estocados sem uso. No passado, Mercedes-Benz, BMW e Toyota classificavam como "perigosos" pneus com mais de seis anos. Em 2001 a British Rubber Manufacturers recomendava não usar pneus com mais de seis anos, período referenciado pela Ford. Já o fabricante Continental sugere 10 anos a partir da data de fabricação, desde que estocados em local apropriado, longe do sol, chuva e de produtos químicos como óleos e combustíveis.


Tempo de vida útil dos pneus para automóveis de turismo e veículos comerciais

A indústria de pneus, há muito que reconhece o papel do consumidor no tratamento regular e na manutenção dos seus pneus. A altura ideal para proceder à mudança de um pneu é uma decisão da inteira responsabilidade do seu proprietário. O dono do pneu deve ter em consideração diversos fatores que incluem o tipo de utilização, o historial da manutenção, condições de armazenamento, inspeções visuais e a dinâmica da performance. O consumidor deverá consultar um profissional de serviços de pneus, para colocar dúvidas acerca dos serviços necessários durante a vida útil do pneu.


As informações e as recomendações que se seguem, têm o intuito de ajudar a obter o ponto máximo de vida útil.


Os pneus são concebidos e fabricados, para que possam percorrer milhares de quilómetros em excelentes condições de utilização. Para que se obtenha o melhor proveito, os pneus devem ter a manutenção apropriada, de modo a evitar danos e abusos que podem resultar na sua incapacidade. O tempo de vida útil de um pneu depende cumulativamente da armazenagem, da forma como é acondicionado, rotação e condições de utilização a que é sujeito durante toda a sua vida (carga, velocidade, pressão de enchimento, danos provocados pelo pavimento, etc.). Porque as condições de utilização variam significativamente, não é possível prever com precisão a vida útil de um pneu específico em tempo cronológico.


O consumidor tem um papel importante na manutenção dos pneus


Os pneus devem ser retirados de serviço por motivos diversos, incluindo o desgaste do piso até à profundidade mínima, danos ou utilização abusiva (furos, cortes, impactos, fraturas, pretuberâncias, sub pressões, excessos de carga, etc.). Por estes motivos, incluindo os pneus sobressalentes, devem ser inspecionados de forma rotineira, isto é, pelo menos uma vez por mês. A inspeção regular torna-se ainda mais importante quanto mais tempo um pneu se mantiver em uso. A Continental recomenda que o consumidor mande inspecionar o pneu por um profissional sempre que suspeitar ou verificar a existência de qualquer dano. Os consumidores devem utilizar este tipo de consulta a fim de saber se os pneus podem ou não continuar a ser utilizados. É recomendável verificar igualmente o estado do pneu sobressalente. Esta inspeção de rotina deve ser feita, esteja ou não o veículo equipado com um sistema de monitorização da pressão dos pneus (TPMS).

Os consumidores são fortemente encorajados a estar atentos ao estado visual dos seus pneus. Devem igualmente permanecer alerta perante qualquer alteração na dinâmica da performance, como por exemplo, aumento de perdas de pressão, ruído ou vibração. Estas alterações podem ser indicadoras da necessidade de um ou mais pneus deverem ser imediatamente retirados de uso, de forma a prevenir a incapacidade total do pneu.
O consumidor deverá também ser o primeiro a reconhecer a ocorrência de um impacto severo de um pneu e assegurar-se que o mesmo seja imediatamente inspecionado.

A armazenagem, a forma de arrumação e a rotatividade são também importantes para a vida útil do pneu. Mais informações acerca das formas ideais de armazenamento, de arrumação e de rotatividade, encontram-se descritas em outras publicações da Continental, disponíveis a pedido ou por via das suas páginas web.


Conselhos Sobre o Tempo de Vida Útil dos Pneus


A Continental desconhece a existência de informações que suportem a idade específica de fim de vida de um pneu. Todavia, tal como acontece com os outros membros das indústrias de pneus e de automóveis, a Continental recomenda que todos os pneus (incluindo os sobresselentes) fabricados há mais de dez anos, sejam substituídos por pneus novos, mesmo quando a sua aparência exterior o não demonstra e que a profundidade do piso não tenha atingido ainda os limites mínimos. Os fabricantes dos veículos podem recomendar idade cronológica diferente para a substituição dos pneus, baseados no seu conhecimento acerca da aplicação específica de um veículo; a Continental aconselha que este tipo de recomendação seja adotado. Os consumidores devem ter em conta que a maioria dos pneus têm de ser substituídos por motivo de desgaste ou outros, antes de atingido qualquer prazo prescrito para a sua substituição. A fixação de qualquer período de vida útil de um pneu, jamais reduz a responsabilidade do proprietário em proceder à sua substituição quando necessária.


A Idade Cronológica dos Pneus


A idade cronológica de qualquer pneu pode ver-se na sua parede lateral, examinando os caracteres que se seguem ao símbolo "DOT". No caso dos pneus fabricados depois de 1999, os últimos quatro dígitos identificam a data de fabrico na semana mais próxima. Os primeiros dois destes quatro números identificam a semana de fabrico (de "01" a "52"). Os últimos dois números identificam o ano de fabrico (isto é, um pneu com a informação "DOTXXXXX2703) foi fabricado na 27ª semana de 2003).

Nos pneus fabricados antes do ano 2000, três números em vez de quatro, indicam a data de fabrico.
Também, durante os últimos anos da década de 90, a Continental adicionou um triângulo (◄) no fim da sequência de caracteres para distinguir um pneu fabricado nos anos 90 daqueles que tinham sido fabricados em décadas anteriores (isto é, um pneu com a informação "DOTXXXXXX274◄" foi fabricado na 27ª semana de 1994).


Perguntas e Respostas


Trafegar com pneus carecas é extremamente perigoso e imprudente, além de ser uma infração de trânsito. Ter os pneus de seu veículo antigo em ordem é uma obrigação do motorista e colecionador para sua própria segurança e também pela dos demais. O assunto é sério e merece atenção. Trafegar com pneus carecas, por exemplo, por uma rodovia e ter que enfrentar parte da viagem com chuva é receita quase certa para um acidente. Por isso, nunca é demais repetir: pneus carecas precisam ser trocados.
Para ajudar o motorista a entender mais do assunto e saber quando está na hora de trocar os pneus, Giovanni Carlo Rossi, consultor técnico da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), concedeu a entrevista abaixo:


Quando sei que tenho que trocar os pneus?


O que deve ser observado para saber se está na hora de trocar os pneus é a parte que fica em contato com o solo, que é a banda de rodagem. É onde há o ''desenho'' do pneu, como os motoristas costumam chamar. Quando este ''desenho'' estiver perto do desgaste do limite de segurança que é de 1.6 mm de profundidade dos sulcos, o pneu já passa a ser considerado ''careca'' e aí é hora de trocá-lo.
Para ajudar os motoristas a saber quando está na hora de trocar o pneu, existe um indicador na banda de rodagem. Tecnicamente, ele é chamado de Tread Wear Indicator (TWI). É uma saliência de borracha com altura de 1.6mm que é colocada dentro do sulco do pneu. Quando o desgaste do pneu atinge esse indicador, significa que já está no limite de segurança e é hora de trocá-lo.

Como sei qual o pneu mais adequado para o meu carro?


Pneus de automóveis são desenvolvidos para fazer parte das características do automóvel, seja ele um carro pequeno e econômico ou um esportivo de alta performance. Diferentes carros, portanto, necessitam de pneus de concepções absolutamente diferentes e coerentes com as exigências de cada um. Para saber o pneu adequado para um carro, o proprietário deve consultar o manual do veículo.


Qual a durabilidade para utilização dos pneus?


Não é possível determinar até qual quilometragem um pneu pode ser usado porque isso depende de vários fatores. A duração dos pneus depende de uma série de fatores como a carga sobre o pneu, da pressão do pneu, da maneira de dirigir do motorista, da velocidade, da regularidade de marcha, das condições mecânicas do veículo, da concentração de tráfego e ainda outros fatores como clima e temperatura ambiente.
Os pneus do carro de um motorista que, por exemplo, sempre conduza em boas rodovias e com uma velocidade constante na maior parte do tempo tem uma duração x. Os pneus deste mesmo carro nas mãos de um motorista que dirija dentro de uma cidade como São Paulo, com um trânsito pesado de pára-anda-pára pode ter uma duração menor pelo desgaste que vem desta necessidade de brecadas e aceleradas constantes, por exemplo.
Além disso, a vida útil dos pneus depende de uma manutenção cuidadosa do motorista, que inclui, por exemplo, não sobrecarregá-los e checar periodicamente a calibragem.
Como não é possível determinar uma quilometragem específica para a troca de pneus, é muito importante que o motorista fique atento para o limite de segurança de desgaste que é de 1.6 mm de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida, o pneu já passa a ser considerado ''careca''. A resolução do Contran 558/80 estabelece que trafegar com pneus abaixo do limite é ilegal. O veículo pode ser apreendido.


Quando tenho que realizar o balanceamento e alinhamento dos pneus?


O balanceamento ou alinhamento dos pneus devem ser realizados a cada 10.000 kms rodados, quando surgirem vibrações, na troca ou no conserto do pneu, quando o veículo sofrer impactos na suspensão, quando apresentar desgastes irregulares, quando forem substituídos componentes da suspensão ou quando o veículo estiver puxando para um lado.


Qual o risco de estar com os pneus carecas?


Dirigir com pneus carecas aumenta o risco de acidentes porque diminui o atrito entre o pneu e a pista, além de ser uma infração grave com cinco pontos na carteira. Motoristas devem estar alertas para realizar a troca do pneur antes que ele esteja totalmente liso.


Quais são as diferenças de pneus novos e reformados para carros de passeio?


Em primeiro lugar, é importante explicar que, no caso de carros de passeio, os pneus são produzidos de acordo com as diferentes necessidades dos mais variados modelos de carros que temos no mercado. Como consequência disso, é sempre melhor comprar o pneu novo e indicado pelo fabricante do veículo para que as características de rodagem e de segurança sejam mantidas. Além disso, o pneu novo oferece a possibilidade de rodar toda a sua primeira vida, com uma durabilidade maior do que o reformado.
O pneu reformado é um pneu que já desgastou toda sua banda de rodagem original (a banda de rodagem é a parte que fica em contato com a pista), rodou, portanto, muitos quilômetros e apresenta o fadigamento correspondente de sua estrutura. Além disso, na maioria das vezes, não se conhece sua vida anterior. Há, obviamente a conveniência econômica devido ao seu menor preço, mas há que se considerar que ele não terá o desempenho de um novo, ainda que tenha sido reformado, porque sua carcaça, que é a estrutura interna, já carrega a fatiga pelo uso.
Uma outra coisa que é importante que o motorista saiba é que há três tipos de ''reforma'' de pneus. Há a recapagem, que é a reforma da banda de rodagem, que é a parte que fica em contato com a pista. Na recauchutagem, além de reformar a banda de rodagem, também é substituído o ''ombro'' do pneu, que é a curva até o início da lateral do pneu. Na remoldagem, a reforma é geral e, neste caso, apaga-se a marca do pneu. Quando compra um pneu remoldado, o consumidor pode estar equipando seu carro, com quatro pneus de estruturas diferentes e isso certamente tem um impacto no desempenho do veículo.

Pneus têm garantia?


Os pneus tem garantia contratual oferecida pelos fabricantes de cinco anos a partir da data da nota fiscal de compra do pneu ou da data de compra do veículo (no caso de pneus de primeiro equipamento) ou na ausência destas, a partir da data de fabricação do pneu gravada na lateral, após o código DOT, constituída de quatro algarismos, onde os dois primeiros identificam a semana de produção e os dois últimos, o final do ano de fabricação.


Qual a calibração ideal?


Os pneus devem ser calibrados semanalmente de acordo com a indicação do manual do fabricante.


Quais procedimentos o usuário deve tomar com os pneus antes de pegar a estrada?


Em primeiro lugar, o motorista deve checar se o pneu não está próximo da marca de 1,6mm e, se estiver, a troca deve ser providenciada antes da viagem. Vale considerar que se for uma viagem longa e o motorista verificar que o pneu está quase chegando na marca de segurança, mas ainda daria para rodar um pouco mais, o mais seguro é trocar antes da viagem para evitar que o pneu fique careca no meio da viagem. Trafegar em estradas com pneu careca é perigoso, imprudente e, além disso, significa uma infração de trânsito.

O motorista também não deve esquecer do estepe. Ele tem que estar em boas condições e pronto para o uso no caso de necessidade de troca.

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