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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Manutenção Preventiva do Fusca

Todos nós sabemos da importância de se fazer uma manutenção adequada aos nossos carros, vai aqui algumas dicas básicas para nossos colegas cuidarem de seus carrinhos. Algumas dicas se estendem para todos os tipos de automóveis antigos, e não somente FUSCA. Troque todos os fluídos (freio, óleo de câmbio e óleo do motor. Quando for trocar o óleo do motor, aproveite e troque a peneirinha de filtragem). Se a correia tiver qualquer sinal de desfilamento nas bordas, troque-a.

Troque as velas. Mesmo que aparentem bom estado, você não sabe o quanto já rodou. Troque o platinado e o condensador. São peças baratas e que incomodam muito quando estão deterioradas. Ligue o motor no escuro e dê umas aceleradas. Se enxergar fagulhas próximo aos cabos de velas, troque-os. A alavanca do freio de mão deve travar até o terceiro ou quarto estalo. Se for mais, regule. Se o motor estiver fazendo um barulho tipo tic-tic-tic sincronizado e meio alto, regule as válvulas. Levante cada roda (ou ponha o carro num eleva-car) e gire cada roda. Ela deve girar bem livre e sem ruídos. Se estes ocorrerem, cheque rolamentos quanto a estado e lubrificação e também o freio nesta roda. Gire a direção. Note que ela faz um breve movimento mais leve e então fica mais pesada e começa a girar a roda. Isto é a folga, que não deve ser muito grande. Se tiver muita, regule a caixa de direção ou troque-a. Se o volante tremer em determinadas velocidades, pode ser rodas desbalanceadas ou componentes de suspensão com folga.
Troca da peneira do Carter (FUSCA)
Dê uma olhada por baixo do motor. Você vai ver no centro do Carter um parafuso grande.Abrindo-o, se escoa o óleo velho. Este parafuso é atarraxado numa tampa redonda, presa por 10 porcas.Após esgotar o óleo antigo, tire estas porcas. Puxa a tal tampa redonda.
Você verá que junto com ela vem uma peça metálica também redonda, constituída por uma rede metálica. Esta peça faz a filtragem do óleo. Após retirar a peça, lave-a bem com algum solvente (pode ser gasolina). Uma vez limpa, ponha de volta, observado que é preciso trocar duas juntas de papel que vão ali. A seqüência é tampa redonda - junta - filtro - outra junta - bloco do motor. Também convém trocar as arruelas que vão às porcas e a arruela maior, que vai ao parafuso grande. Limpe o filtro a cada duas trocas de óleo. Não tem mistério. Só deixe o óleo velho (quente) escorrer por um bom tempo (ao menos meia hora). E prepare-se pra lambuzar bastante as mãos. Uma vela em boas condições é essencial para garantir o bom funcionamento do motor.



12 dicas sobre Vela de Ignição


Uma vela em boas condições é essencial para garantir o bom funcionamento motor. Confira a seguir 12 dicas práticas sobre o estado da vela: a aparência dos eletrodos e do isolador revela informações importantes sobre o funcionamento da vela, o combustível e o motor. Analisando o estado da vela de ignição você pode identificar o problema do motor.

Mas antes de uma avaliação, duas condições devem ser satisfeitas:

-O veículo deve ter rodado um percurso de pelo menos 10 Km, com o motor funcionando em diferentes rotações, todas situadas na faixa média de potência;
-Evite um funcionamento prolongado em marcha lenta antes do desligamento do motor.






- O pé do isolador apresenta-se amarelado/cinza ou marrom-claro.
- Motor em boas condições.
- Índice térmico da vela está correto.



2 - FULIGINOSA (CARBONIZAÇÃO SECA)




O pé do isolador, os eletrodos e a cabeça da vela cobertos por uma camada fosca de fuligem preto/aveludada (seca).



Causas: carburador regulado com mistura rica.
- Filtro de ar sujo.
- Afogador automático com mau funcionamento.
- Afogador manual puxado por longo tempo.
- Uso de combustível fora da especificação.
- Motor funcionando em baixa rotação por tempo prolongado.
- Ponto de ignição atrasado.
- Uso de vela incorreta - vela muito fria para o tipo de motor.
Efeitos: falhas de ignição.
- Motor falha em marcha lenta.
- Dificuldades de partida a frio.
Soluções: regulagem correta do carburador e do ponto de ignição.
- Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
-Substituia o filtro de ar.
- Acelere o motor (rodando com o veículo) lentamente até a carga total (rotação máxima), para queimar os resíduos de carbono.
- Evite que o motor funcione por muito tempo em marcha lenta, especialmente quando estiver frio.
- Utilize vela correta para o tipo de motor.



3 - OLEOSA (CARBONIZAÇÃO OLEOSA)

O pé do isolador, os eletrodos e a carcaça apresentam-se cobertos por uma camada fuliginosa, brilhante, úmida de óleo e por resíduos de carvão.


Causas: em motores de 2T - óleo em excesso na mistura.
- Em motores de 4T - óleo em excesso na câmara de combustão - guias de válvulas, cilindros e anéis do pistão estão gastos.
Efeitos: dificuldade na partida.
Falhas de ignição - motor falha na marcha lenta.
Soluções: em motores de 2T, use a proporção correta de mistura.
Em motores de 4T, retifique o motor - troque as velas.




Resíduos amarelado-escuros no isolador. O pé do isolador coberto por uma fuligem amarelo-clara, aspecto de fosca a brilhante.

Causas: aditivos antidetonantes no combustível, como tetraetila e tetrametila de chumbo.
Efeito: se o pé do isolador chegar a temperaturas muito altas, os resíduos de chumbo se transformarão em condutores elétricos, fato que pode ocorrer com o veículo em alta velocidade, causando falhas de ignição.
Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
- Troque as velas, pois é inútil tentar limpá-las.




O pé do isolador apresenta-se parcialmente vitrificado e de cor amarelo-marrom.

Causas: aditivos antidetonantes no combustível, como tetraetila e tetrametila de chumbo. A vitrificação denuncia a fusão dos resíduos sob condições de forte aceleração de veículo.
Efeito: se o pé do isolador chegar a temperaturas muito altas, os resíduos de chumbo tornar-se-ão condutores elétricos, fato que pode ocorrer com veículos em alta velocidade, causando falhas de ignição.
Soluções: aconselha-se averiguar a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
- Troque as velas, pois é inútil tentar limpá-las.


6 - RESíDUOS / IMPUREZAS


Camada de cinza grossa no pé do isolador, na câmara de aspiracão e no eletrodo-massa, de estrutura fofa e até cheia de escórias.

Causas: aditivos do óleo ou do combustível deixam resíduos incombustíveis na câmara de combustão (pistão, válvula, cabeçote) e na própria vela. Isso ocorre especialmente em motores com um consumo de óleo acima do normal, ou quando se utiliza combustível de qualidade inferior.
Efeitos: perda de potência do motor, decorrente de ignições por incandescência e danos ao motor.
Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
- Troque as velas.
- Regular o motor.






Eletrodo central fundido parcialmente.
Causas: combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente; resíduos na câmara de combustão; válvulas defeituosas; ponto de ignição muito adiantado; mistura muito pobre; sistema de avanço do distribuidor com defeito; combustível de má qualidade; vela mal apertada.
Efeitos: falhas de ignição.
- Perda de potência.
- Danos ao motor.
Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
- Substitua as velas.


8 - ELETRODO CENTRAL FUNDIDO


Eletrodo central completamente fundido, possível trinca no pé do isolador e eletrodo-massa parcialmente fundido.
Causas: superaquecimento do eletrodo central, que pode trincar o pé do isolador.
- Combustão normal com detonação ou ponto de ignição excessivamente adiantado.
Efeitos: falhas de ignição.
- Perda de potência.
- Danos ao motor.
Soluções: revise o carburador, o ponto de ignição, o distribuidor e o motor.
- Utilize velas corretas para o tipo de motor.
- Substitua as velas.


9 - ELETRODOS CENTRAL E MASSA FUNDIDOS


Causas: combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente; resíduos na câmara de combustão; válvulas defeituosas; ponto de ignição muito adiantado; mistura muito pobre; sistema de avanço do distribuidor com defeito; combustível não especificado para o tipo de motor.
Efeito: antes do dano total do motor, ocorre perda de potência.
Soluções: revise o carburador, o ponto de ignição, o distribuidor e o motor.
- Utilize velas corretas para o tipo de motor.
- Utilize combustível adequado para o tipo de motor.
- Substitua as velas.


11 - DESGASTE EXCESSIVO DOS ELETRODOS MASSA E CENTRAL (CORROSÃO)


Causas: presença de aditivos corrosivos no combustível e óleo lubrificante. Esta vela não foi sobrecarregada termicamente, não se tratando, portanto, de um problema de índice térmico. Depósitos de resíduos provocam influências no fluxo dos gases.
Efeitos: solavancos do motor devido a falhas de ignição (especialmente na aceleração do veículo).
- Partida difícil.
Soluções: troque as velas. Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo, consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante. Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.


11 - DESGASTE EXCESSIVO DOS ELETRODOS MASSA E CENTRAL (CORROSÃO)


Causas: presença due aditivos corrosivos no combustível e óleo lubrificante. Esta vela não foi sobrecarregada termicamente, não se tratando, portanto, de um problema de índice térmico. Depósitos de resíduos provocam influências no fluxo dos gases.

Efeitos: solavancos do motor devido a falhas de ignição (especialmente na aceleração do veículo).
- Partida difícil.
Soluções: troque as velas. Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo, consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante. Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.




Causas: dano causado por pressão no eletrodo central como conseqüência do uso de ferramentas inadequadas na regulagem da folga. Exemplo: abrir os eletrodos com uma chave de fenda.


- Corrosão do eletrodo central por aditivos agressivos no combustível.
- Depósitos de resíduos de combustão entre o pé do isolador e o eletrodo central.
Efeitos: falhas de ignição (a faísca salta entre o isolador e a carcaça).
- Partida difícil.
Soluções: troque as velas. Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo, consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante.
Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.


Itens essenciais da caixa de ferramentas do seu Fusca:
• Uma chave estrela 10/11 (essa serve para muita coisa em fusca);
• Uma chave 13, uma 10 e uma 17 do tipo combinadas;
• Chave de fenda, umas duas, uma comprida pro carburador e uma curta para o platinado;
• Uma latinha de desingripante;
• Uma faquinha;
• Fita isolante;
• Um alicate;
• É sempre útil guardar alguma mangueira de gasolina que sobrou na troca;
• Cabos de embreagem e acelerador;
• Platinado;
• Condensador e rotor;
• Fusíveis, corda e cabos para recarregar a bateria;
• Uma ou duas lâmpadas que são baratas e fáceis e trocar.
• Lixa fina também é uma boa;
• Ter alguns "trecos" que podem ser úteis também é bom, como arame, lanterna etc.
O principal também é acrescentar aquelas peças que você trocou por segurança e/ou por que já não estavam 100%. (Além de platinado e condensador, é bom guardar aquela bobina velha que falhava e a tampa do distribuidor).

Fonte: www.bosch.com.br
www.forumfuscabrasil.com

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