.

.

sábado, 5 de março de 2011

Um alemão e sua paixão

Quando Friedrich Wilhelm Schultz Wenk, antigo arquiteto nascido em Hamburgo veio para o Brasil, ele tinha dois países para firmar a fábrica da VW: o Brasil ou a Argentina. Apaixonou-se pelo Brasil e apostou nele. Na época o presidente Juscelino Kubitschek tinha como plano de governo a industrialização e o crescimento do país, o famoso jargão "50 anos em 5". Schultz Wenk e Juscelino ficaram muito amigos.

Ambicioso sua meta era alcançar uma produção diária de 150 veículos. Por 16 anos Schultz Wenk dirigiu a empresa, viu sair o primeiro veículo montado com peças importadas no galpão alugado do bairro do Ipiranga, em 1953, e assistiu à produção de 800 carros por dia, em 1969. Sob seu comando a Volkswagen fabricou 850 mil veículos.

Em março de 1953, a Volkswagen do Brasil se estabelece em um armazém na Rua do Manifesto, no bairro paulistano do Ipiranga. As peças chegavam embaladas da Alemanha e, depois de horas de trabalho, se transformavam, ganhando as ruas do país. Entre 1953 e 1957, 2.268 fuscas e 557 Kombis foram montados.

Em 1956, a Volkswagen iniciou a construção de sua fábrica, localizada no Km 23,5 da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo - SP. Não pensem que o fusca foi o primeiro veículo fabricado no Brasil. Shultz-Wenk seguiu a exigência da matriz alemã: fabricou a Kombi antes do Fusca.


Em janeiro de 1959, saíam da fábrica os primeiros fuscas brasileiros, com um índice de nacionalização de 54%. Quatro dias depois, o empresário paulista Eduardo Andrea Matarazzo adquiria o primeiro Fusca Brasileiro. Schultz – Wenk naturalizou-se mais tarde brasileiro e tornou-se ainda um expoente cívico-social de São Paulo.


Para nós brasileiros infelizmente, Schultz Wenk morreu ainda jovem (estava com 55 anos em 1969). Sob seu comando a Volkswagen que era uma simples organização de montagem de veículos havia se tornado a maior indústria automobilística da América Latina.

Um comentário:

Fernando Peixoto disse...

Parabéns ao Volks Clube Ce.