¨O Mestre das Miniaturas¨
Homenagem no Dia Nacional do Fusca
Roberto Giglio de Stefano |
O único brasileiro com autorização da Volkswagen do
Brasil, para desenvolver projeto de miniaturas e também merecidamente reconhecido no exterior. Na verdade o Fusca é o único veículo com a capacidade de mexer com a imaginação das pessoas até os dias de hoje. É um conquistador nato. Está no
sangue, ou melhor, no seu visual inconfundível, no óleo que corre
pelas suas juntas ou no som arrebatador do funcionamento de seu motor. Quem é
fisgado pelo seu charme, dificilmente o abandona. No Brasil, vários foram os
que não resistiram aos seus galanteios, assim como muitos ainda não resistirão.
E um desses apaixonados pelo veículo mais famoso de todos os tempos é o
publicitário paulistano Roberto Giglio de Stefano, ou apenas Beto Cridê. Ele é o nosso
homenageado especial no Dia Nacional do Fusca.
O criador e suas criações |
Devoto dos Fuscas desde os 5 anos, quando passeava com
o tio no "chiqueirinho de um modelo 1962", ele vive de carrinhos do
carrinho - calma, a gente explica. Cridê é atualmente um dos nomes mais
respeitados no que se refere a miniaturas de Fuscas. Ele faz de tudo com os
Volks - tudo mesmo! Dos clássicos aos customizados. Dos modelos do início da
década de 1950 aos mais atuais de 1990.
Mas Cridê - apelido que ele escolheu para homenagear seu pai, Renato
de Stefano, cenógrafo da Família Trapo, programa da Rede Record, em que Ronald
Golias imortalizou o bordão: "Ô,Cride (sem acento)! Fala pra mãe..."
- tem uma relação muito forte com o Volks. Para ele, os Fuscas têm alma.
"As vezes você vai conversando com ele (Fusca), pedindo para que não
quebre, não quebre, e ele não quebra. Ou melhor, quebra só na porta de
casa", sorri Cridê. "Então você começa a acreditar que o Fusca te
escuta. Que é o único carro que tem alma. É meio loucura", completa.
Uma de suas paixões |
Ele hoje tem dois Fuscas, um 1963 placa preta,
apelidado de Tijolinho pela sua cor, e outro muito especial 1969, chamado de
Fusca Cridê, modificado para ser idêntico a um 1961.
"Meu pai morreu em 1967, quando eu tinha 2 anos. Ele deixou um
dinheiro que, na época, era uma espécie de poupança - você podia sacar só aos
21 anos. Mas me emancipei com 20, tirei o dinheiro e comprei o carro em homenagem
a meu pai. Como se ele tivesse me dado", relembra.
Lobão: o companheiro |
Neste meio tempo, os dois Cridê - Beto e o Fusca - tiveram um baita
companheiro: O Lobão. "Sabe aquele tipo de cachorro que só falta falar?
Ele adotou o Cridê como carro dele mesmo. Tinham outros carros na minha casa que
ele não dava a mínima. Mas era eu ligar o Cridê que ele já vinha correndo e
pulava no banco de trás, louco para passear." Beto Cridê, mais um louco por
Fuscas. Ainda bem!
A paixão pelos Fusquinhas começou cedo. Aos cinco anos, Roberto Giglio
teve seu primeiro contato com um Fusca do tio. Paixão à primeira vista, este
acabou sendo também um de seus primeiros desenhos. Ao assisitir "Se Meu
Fusca Falasse", clássico da Disney de 1969, passou a acreditar que
realmente os "besourinhos" sentiam, ouviam e só faltavam falar.
Obviamente seu primeiro carro foi um Fusca. O segundo, idem, mas este com uma
história especial, pois o modelo verde folha está até hoje com ele e virou sua
marca registrada. O nome "Cridê" homenageia o bordão de um programa
televisivo da tv brasileira da década de sessenta do qual o pai de Giglio foi
cenógrafo.
A obsessão pelo carro da Volks virou coleção de miniaturas e mal sabia
ele que este hobby transformaria a sua vida. Sem sucesso na busca por uma
"Baratinha", modelo usado pela polícia brasileira nos anos 70, e
inexistente no mercado de réplicas, ele resolveu usar seus dotes de artista
plástico e publicitário. Botou a mão na massa e criou alguns modelos
exclusivos. Bastou um amigo seu ver a miniatura, para obrigá-lo a vender. Não
tardou para que a notícia se espalhasse entre outros amigos e o que era uma
simples diversão virou profissão. Ele acabou abrindo mão da publicidade e
passou a trabalhar exclusivamente com os carrinhos.
A dedicação e esmero de Beto Giglio foram fazendo dele o maior miniaturista, customizador e especialista em réplicas de Fuscas (e alguns outros modelos da VW) e hoje ele é
autorizado pela Volskwagen do Brasil a produzir seus carros. As escalas são
1:32, 1:24 e 1:18 e ele costuma fazer reproduções do veículo original de um
interessado usando fotos como referência. A qualidade de seu trabalho
impressiona de tal forma que ele possui modelos em diversas coleções pelo mundo
afora e a Volkswagen mantém em sua sede em São Paulo, uma exposição permanente
com cerca de 30 Fusquinhas. Adorado por colecionadores exigentes e entusiastas
do clássico carrinho, Giglio faz as pessoas sorrirem como o Fusca, ao verem
suas réplicas.
Um comentário:
O que eu posso dizer desta Homenagem! Que fiquei muito Feliz e Emocionado. Muito obrigado de coração! abraços
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