Por que não?
Por que criar um museu? Um museu só faz sentido na medida
em que cada um se sinta refletido e homenageado de alguma forma. Na medida em
que provoca questionamentos, na medida em que cada informação captada resulte
em mais uma pergunta, numa sucessão de eventos que nos transforme e nos faça
melhores, como seres humanos, como cidadãos e como profissionais. Os museus
tiveram origem no hábito humano do colecionismo que nasceu junto com a
própria humanidade. Desde a Antiguidade remota o homem, por infinitas
razões, coleciona objetos e lhes atribui valor, seja afetivo, cultural ou simplesmente
material, o que justifica a necessidade de sua preservação ao longo do tempo.
Milhares de anos atrás já se faziam registros sobre instituições vagamente
semelhantes ao museu moderno funcionando. Entretanto, somente no século XVII se
consolidou o museu mais ou menos como atualmente o conhecemos. Depois de outras
mudanças e aperfeiçoamentos, hoje os museus, que já abarcam um vasto espectro
de campos de interesse, se dirigem para uma crescente profissionalização e
qualificação de suas atividades, e se caracterizam pela multiplicidade de
tarefas e capacidades que lhes atribuem os museólogos e pensadores,
deixando de ser passivos acúmulos de objetos para assumirem um papel importante
na interpretação da cultura e na educação do homem, no fortalecimento da história,
cidadania e do respeito à diversidade cultural, e no incremento da qualidade
de vida. Nos últimos tempos ouvimos falar muito na criação de museus, uns por
iniciativas isoladas, outras por instituições não governamentais, empresas,
governos, etc. Vivenciamos, uma iniciativa muito importante que foi a criação
na capital paulista do ¨museu vivo¨ do cerrado, por iniciativa da USP. Surgiram
ao longo do tempo o museu do motor, do futebol, da música, de tudo. Que tal
criar o Museu do Fusca no Brasil? Um modelo de veículo que por incrível que
pareça é destaque no 1º. e único museu de carros antigos da China! E aqui? Ele
merece maior representatividade e nossas homenagens. Sem ele como seria o
desenvolvimento social e industrial do país? Teríamos tido sucesso no progresso
sob quatro rodas? Como seria a evolução tecnológica no setor automobilístico
sem o Fusca no Brasil? Enaltecemos o trabalho apaixonado de antigomobilistas e
colecionadores através de seus clubes por esse Brasil afora, resgatando e preservando
do nosso ¨besouro¨. Estaríamos satisfeitos? Acreditamos que, depois da
Alemanha, o Brasil foi o mercado que mais valorizou o modelo, criou versões
para o campo e para a cidade. Somos representados no VW Auto Museum, através de
nosso esportivo exclusivo SP2. Enfim, nós transformamos o Fusca em uma paixão!
Assim chega-se a conclusão que além do Certificado de Originalidade, que
defendemos amplamente, nós representantes de clubes e movimentos que trabalham
e dedicam-se na preservação do Fusca, também devemos partir para a discussão de
um museu no Brasil, voltado para o Fusca e seus derivados. Que venha também a Federação de Clubes de VW Antigos do Brasil para reforçar os nossos anseios. Aproveitar o atual
momento que, através de enquete, defende a criação do VW Birth Certificate, tal
qual na VW AG, também pela montadora em nosso país, e nos unirmos em busca
deste objetivo maior e futuro, que é a criação do nosso museu.
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